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Vulcão Cotopaxi

Chegando ao Parque Nacional

Chegamos ao Parque Nacional Cotopaxi ao acaso. Vindos de Quito passamos na frente da entrada do parque… E por que não dar uma olhada? Quem sabe só dar uma volta de carro e ver como era, mirar o vulcão de longe e seguir. O dia estava acabando, vamos ver se conseguimos um lugar para acampar. Pensávamos que não teria como fazer o hiking em função do clima de chuvas frequentes que estávamos enfrentando. Chegamos já era quase 18h, os guardas não nos permitiram entrar no parque, mas nos autorizaram a acampar ali no estacionamento da entrada, junto ao posto de controle  e onde ficam os alojamentos dos funcionários do parque, com banheiro grande e limpo, restaurante e lojinha que abririam no dia seguinte. Para nosso deleite, fez uma noite linda e estrelada, sem nem sinal de chuva! No dia seguinte nos registramos e entramos no parque, que tem uma estrada pavimentada por um bom pedaço e depois segue estrada de terra, mas muito bem cuidada, não é uma estrada de terra abandonada.

Cá e Maria nas estradas bem cuidadas que levam ao Cotopaxi

Todo o parque é super bem sinalizado, com lagoas, trilhas e animais silvestres soltos passeando pelos campos e eventualmente cruzando a estrada devagar, dando seu ar da graça aos visitantes! Seguimos assim, em êxtase com tanta beleza e a natureza tão deslumbrante. Era muito cedo e apenas nós destoávamos da paisagem naquele parque. Em algumas partes é possível ver o caminho feito pela lava nas montanhas de erupções passadas. Da estrada, avistamos o imponente vulcão entre nuvens. Tiramos fotos encantados com a vista que a abertura das nuvens nos presenteou, ainda não imaginando que seria possível chegar muito mais perto!

olha a lhama!
uma trégua das nuvens

Uma infra-estrutura faz toda a diferença

Seguimos pela estrada, passeando despretensiosos. Fomos subindo a montanha, sabendo que teria um estacionamento em breve. Só que o estacionamento era a 4000m de altura! A Maria coitada deu sinais de cansaço. Tava se arrastando em primeira marcha morro acima no ar rarefeito! Chegamos, estacionamos, e vimos alguns locais e já alguns turistas que subiam do estacionamento ao refúgio. Ventava MUITO!! Seria um hiking de menos de 1km, cobrindo 1000m de altitude. Segundo relatos, aproximadamente 1h. Era cedo, decidimos encarar. Pega agasalho extra, botas de hiking, luvas e gorro, e partiu! E assim, sem expectativa nenhuma, lá estávamos nós subindo o vulcão! Foi um hiking incrível e lento. Eu, pra variar, precisava parar diversas vezes pra re-estabelecer minha respiração e forças, e seguir. o Lú, se não fosse por mim, acho que nem precisaria sentar. Demoramos 1h30 até o refúgio. Chegando lá no restaurante serviam um famoso chocolate quente. E que chocolate quente. O melhor que tomamos em toda a viagem! Cremoso e bem pretinho, com bastante chocolate!! Nada melhor pra espantar o frio, aquecendo o corpo e a alma. Dali descobrimos que tinha mais uma perna de hiking liberada para aventureiros sem equipamentos, como nós, simples trilheiros! De 4800 iriamos a 5000m de altitude, chegando no início do pico nevado!! Encara Cá? Encaro!! Vamoentão!! E dali, energizados, andamos mais uns 30-40min até o ponto de 5000m de altitude. Foi incrível. A terra mudou de cor, de um marrom acinzentado, passou a ser vermelha e barrenta, e com neve contrastando. Foi realmente incrível! A vista, a sensação de vitória, de conquista, o ar rarefeito e puro, a beleza de tudo isso junto! Estávamos em êxtase!!! A volta foi barbadinha: já tínhamos a manha de descer meio deixando o peso das pernas escorregar entre a terra fofa do vulcão, como fizemos no hiking ao Acatenango, na Guatemala. E assim foi.

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A Maria nos levou até o estacionamento a mais de 4000 metros acima do nível do mar!
Vamos lá então!
Rumo ao refúgio
pausa pra recuperar o fôlego
no refúgio a 4800 m
Esperando o Lu com nossos chocolate quente 🙂
Esquentando e preparando para o trecho final
As trilhas do vulcão Cotopaxi
Ó ela!
O meu topo do vulcão!

 

Acampando no Cotopaxi

Logo estávamos na Maria, descansando, seguindo para o espaço de camping do parque. Não era 12h, e já tínhamos feito tanta coisa!! Montamos nossa barraca num cantinho agradavel, rodeados de natureza virgem, lebres e com uma vista privilegiada do vulcão. O tempo começou a fechar, a chuva chegou, e nós estávamos seguros, instalados e cozinhando debaixo de um teto com mesa e cadeiras para os campistas. Ali tinha tudo: banheiros, um pequeno restaurante bem simples, com dormitórios e lareira, e este espaço para churrasco, que utilizamos quando começou a chover. Inicialmente éramos só nós. Nem no Café tinha gente atendendo, apesar de estar aberto. Ficamos ali, fizemos um delicioso creme de batatas (utilizamos o esquecido liquidificador na energia do restaurante 😀 ) e desfrutamos da paz e da chuva. Logo chegou um casal de argentinos e a moça do Café. Acenderam o fogo, e fomos nos refugiar do frio e umidade na lareira, com vista pro vulcão e jogando cartas até anoitecer. Ganhamos chocolates especiais desse casal querido da argentina e com este doce regalo, antes de dormir desfrutamos de um cacau 85% repondo bastante nossa energia e finalizando perfeitamente esse nosso dia.



Maria e o Cotopaxi.

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DICAS:

  • A entrada no parque é gratuita e o camping também.
  • Se você não esta de carro, pode pegar taxis que ficam junto ao pórtico para explorar o parque e te levar até o ponto do hiking, não sabemos valores.
  • Na entrada podem tentar te vender a “obrigatoriedade” de guia, mas não é verdade. Você pode entrar sem guia para fazer este hiking, desde que não ultrapasse o limite dos 5100. Os guias cobram até 40U$ por pessoa. Nâo é obrigatório, mas se você não tiver carro talvez seja a forma de explorar o local, porque não tem ônibus interno do parque.
  • Ah, o parque fica a pouco mais de uma hora de carro de Quito e vimos que operadoras levam mountain bikes até o estacionamento para depois do hiking, você descer o vulcão de bicicleta! Demais!

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