A Laguna Quilotoa foi o lugar mais turístico que visitamos nas montanhas. É a cratera de um vulcão onde se formou uma lagoa de um azul lindo e com um efeito de brilho nas bordas devido as algas. É realmente um lugar deslumbrante. Nós acabamos dando diversas voltas para achar o acesso oficial à laguna e em todos os lugares queriam nos cobrar taxas, até para andar em alguma trilha. Desconfiados, saíamos para outro ponto, seguindo placas, mapas e o queridão Ioverlander na busca do acesso gratuito. Essa busca pelo acesso que acabou não sendo tão fácil, teve a vantagem de ter sido feita em meio a paisagens incríveis! Contornando montanhas e vulcões, costeando penhascos e canyons, cruzando povoados charmosos! Uma aventura pitoresca. Quando achamos a entrada oficial, decidimos ficar em um hotel, descansar e seguir para lagoa no dia seguinte. Estávamos cansados dos caça turistas!!! Foi o lugar mais desconfortável nesse quesito que visitamos no Equador. O hotel que ficamos também não foi legal, uma certa invasão de privacidade dos funcionários (entraram 3 vezes no nosso quarto sem bater na porta, uma vez, inclusive, forçando a abertura pois eu não quis abrir) e uma água quente e internet que funcionavam quando queriam, nada nada profissional. Aproveitamos para descansar e trabalhar naquele dia, mas não fazíamos ideia que estávamos tão próximos da cratera do Quilotoa e o quão espetacular seria aquela vista.
A Cratera que virou laguna
Seguimos para o hiking na manhã seguinte, estávamos a 5min a pé do vulcão! Quando subimos no mirador, MEO DEOS!! Foi uma visão de chocar, tamanha beleza, cores e grandiosidade, ali, pertinho, debaixo dos nossos narizes!! Depois de alguns momentos de êxtase que fizeram toda murmuração e chateação que estávamos com o povo do hotel e os caça-níqueis locais se dissipar como passe de mágica, decidimos descer até a lagoa, dentro da cratera, obviamente.
O Quilotoa é o inverso dos outros vulcões. Aqui, nós chegamos pela cidade no “topo” do vulcão e avistamos a boca do dito cujo de cima. A aventura é descer a trilha até a Laguna. Ali tem passeios de caiaque para explorar aquela imensidão verde e azul e burrinhos fofos que te carregam para cima caso não tenhas forças de retornar. Tudo com seu preço, é claro. Ali não é “Buenos Dias” o cumprimento ao cruzar com os locais, mas sim “Burrito?”.
Nós descemos numa boa, apesar de termos ouvido pessoas reclamando de cansaço já na descida, mas a subida foi mais puxada, como sempre. Não tanto quanto o Cotopaxi ou Chimborazo, mas foi. O bom era a pausa de descanso com aquela vista maravilhosa!!
Laguna encantada
O passeio na laguna foi mais um encantamento. Ficamos ali, sentados, namorando a lagoa, o momento, a natureza e nós dois.
Subimos sem burritos salvadores do cansaço alheio. Aproveitamos a oportunidade para malhar as pernas e fazer um exercício, já que essa vida de viajante nas montanhas tem mais de gastronomia que de academia. E nada como não ter pressa. As vezes era difícil seguir, porque parecia que quanto mais do alto voltávamos a ver o Quilotoa, mais e mais deslumbrante ele se tornava. As nuvens e o sol só aumentavam seu brilho e beleza. Cada descanso valeu em dobro!
DICAS
- Não precisa pagar estacionamento se você pagar o ticket de acesso ao local.
- Não tem “Parque Quilotoa” os moradores locais fecharam o acesso de carro a rua que conduz a trilha e ao mirante do vulcão, então se você for ficar em algum dos hoteis dessa rua, tem que deixar o carro no estacionamento. De qualquer forma tem que pagar a taxa de acesso que é 2 dolares e que inclui o estacionamento. Então, melhor pagar e ter recibo, e assim evitar os guardadores que correm para cima de ti.
- Pechinche os hoteis. Tem muitos e nós nem pechinchamos muito e a própria menina foi baixando o preço até nos aceitarmos o valor. Mas vale escolher um bom lugar, porque é bem frio e ventoso. Não recomendaríamos o que ficamos.
- Dá para fazer a visita em poucas horas e nem se hospedar por ali.
2 Responses
Fotos lindas…lugar maravilhoso…
Obrigada!