Do Canadá voamos de volta à Costa Rica no início de dezembro. A missão era recuperar a Maria Gasolina depois de 67 dias estacionada em um “Almacén Fiscal” próximo ao aeroporto en San José. Voltamos preparados sabendo que enfrentaríamos muita burocracia! A Caína ficou no aeroporto cuidando de nossas malas enquanto eu fiz uma peregrinação por alguns órgãos públicos costarriquenses: Primeiro foi o Instituto Nacional de Seguros, onde tive de renovar o seguro para o carro válido por 90 dias, mesmo sabendo que nós poderíamos permanecer no país por apenas 12, tivemos que pagar o seguro para 3 meses. Do INS, peguei um taxi para a Aduana Santa Maria onde depois de muita espera e alguns carimbos estava com a importação temporária reativada! Hora de encontrar a Cá no aeroporto e rumarmos para liberar a Maria!!!
Pagamos o armazém e conseguimos os carimbos necessários para reaver nossa casa sobre rodas, e tudo que havia ficado dentro dela, sob o sol e as chuvas tropicais da Costa Rica por mais de 2 meses! Minha preocupação eram as pranchas! Se ainda estavam inteiras e se não tinham sido danificadas pelo calor. Na realidade eu já contava como perdidas e que eu teria que comprar alguma prancha pelo caminho.
Reencontrando a Maria Gasolina
Já tínhamos desacostumado ao forte sol tropical, soamos para tirar as lonas que amarramos na tentativa de proteger um pouco a Maria do sol impiedoso, as pranchas estavam milagrosamente intactas! Conectei a bateria, girei a chave a Maria ligou! Coloquei de volta as placas, prendemos as pranchas dentro do carro e estávamos de volta a vida Por la Carretera!
Tempestades no Caribe
O plano era rumar para o Caribe da Costa Rica, passar alguns dias por ali e cruzar para o Panamá. Dirigimos a Puerto Viejo e acampamos estreando nossa nova “casa” comprada no Canadá. A Caturrita, nossa antiga barraca verde não aguentou a tanto acampamento… Foi pura sorte! Acho que a sorte tem nos acompanhado, faz tempo. Acho que foi na 4a ou 5a noite que fomos surpreendidos por uma tempestade tropical, um furacãozinho, que derrubou árvores e trouxe muito vento e chuva com raios e trovoadas. A Cá quis sair da barraca e ir para o carro, dormir sentadinha no banco da frente (a tempestade não nos permitiu organizar todas as coisas para poder dormir no carro), ela dizia: pensa que vamos dormir num avião!
Surpreendentemente a barraca nova resistiu! A Caturrita teria saído voando, literalmente. A cidade ficou em estado de calamidade. O mar de ressaca fez as ondas chegarem quase até a barraca. A sorte continuava ao nosso lado: a água do mar subiu nos dois lados da barraca e não onde ela estava. A cidade ficou sem luz e o estrago foi grande: árvores e placas caídas e muito sujeira espalhada…
I’ll follow the sun
A previsão do tempo não era nada animadora… Só chuva pela frente até onde se podia ver. Por todo o Caribe da Costa Rica e Panamá. Enquanto isso, no lado do Pacífico, previsão de sol, muito sol pela frente. Debaixo de chuva desmontamos a barraca e organizamos o carro. Quer saber, vamos atrás do sol!!
Nossos últimos dias na Costa Rica foram ótimos, revendo amigos e curtindo o sol e as ondas no Pacífico. Não poderíamos terminar melhor essa etapa da viagem!
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