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Panamá: a despedida da América Central

No Panamá tínhamos a missão de enviar a Maria Gasolina em um container de carga para a Colômbia, já que não há estrada que ligue os dois países. Encontramos pela internet dois casais que estavam com uma data reservada para o início de janeiro e já haviam começado todos os trâmites. Iríamos colocar 2 camionetas e 2 motos no container e dividir os custos do processo por 3 o que ficaria bem mais barato pra gente!

Deveríamos estar na Cidade do Panamá no dia 2 de janeiro, assim tivemos pouco menos de um mês para conhecer o país. Ficamos na costa do Pacífico fugindo das fortes chuvas que rondavam o Caribe.

Camping Santa Catalina
vai um repelente ai??
Santa Catalina
Yoga na praia
Jantar a luz de…
bora pro surf Cá!!!
e a Cá foi pro surf!!!



Acampamos alguns dias em Santa Catalina, onde as ondas estavam bem baixas. De lá seguimos pela costa do Pacífico onde encontramos uma praia deserta com ondas muito boas. Deserta mesmo, acesso difícil e nenhuma construção na praia.
Montamos nosso acampamento e ficamos uns cinco dias por ali no camping selvagem, sem banho e sendo atacados por todo tipo de insetos, muriçocas e mosquitos que possam existir em uma praia tropical! As vezes aparecia um carro que outro com gente procurando onda. Um dia, eu estava surfando e vi chegar um carro e uns caras falando com a Caína, quando eu saí ela me contou que o carro era justamente do dono do terreno que estávamos acampados, no começo acho que ele não gostou de encontrar uma barraca em sua propriedade, mas depois de saber nossa história e que vínhamos dirigindo desde os Estados Unidos, mudou completamente sua reação e fomos bem recebidos e “autorizados” a ficar! E ficamos até a véspera de natal, quando resolvemos buscar um quarto com um banho e descansar um pouco da barraca.

Wild Camping no Panamá
Bons momentos sozinhos a beira mar!
nossa praia favorita!

muito surf sozinho!
Janta tá pronta!!
Fogueiraaaaa
adoramos nossa prainha deserta!!!
Descansando um pouco da barraca!

Em nossa última semana pelo litoral passamos por Venao e por Cambutal, cruzamos vários rios e andamos por péssimas estradas atrás de boas ondas. Vale dizer que o Panamá tem a melhor estrada (Panamericana) da América Central, mas quando se sai dessa ótima estrada pode-se encontrar alguns dos piores caminhos. Esburacados e com vários rios a serem cruzados sem ponte! Ah, acho que os piores motoristas que encontramos também estavam por lá!! Acabamos ficando em uma prainha menos conhecida, em sum surfcamp que pertence a um suíço. Lá por sinal conhecemos muita gente legal! Coincidentemente todos da Suíça!
Nosso plano era ir para as montanhas, já a caminho da Cidade do Panamá no dia 31. Nos despedimos, desmontamos acampamento e demos carona para um casal de amigos até a cidadezinha próxima onde iriam comprar mantimentos para a ceia de Ano Novo. Já tínhamos rodado por uma meia hora quando resolvemos mudar o plano! O que, passar o a virada do ano sozinhos, nas montanhas? Quando poderíamos estar na praia cercados por pessoas legais. Para e meia volta! Ainda deu tempo de encontrar o Abel e a Helena no supermercado e surpreende-los com nosso retorno! Ninguém entendeu nada! acho que nem a gente! Acabamos nos divertindo bastante com a galera da suíça, construindo uma fogueira enorme e cercados de gente boa. Nosso começo de 2018 não poderia ter sido melhor!

The search
Opa que barulho é esse???
O protetor do carter soltou depois de alguns rios e muita lama!! Concertado e pronto pra próxima!!!
Surf Camp do Suíço
Cá e nossos amigos da Suíça
Yeah!!!!
Fogueira de Ano Novo!

Primeiro de janeiro, ainda de ressaca, levantamos cedo, desmontamos acampamento e bora pra cidade do Panamá. Um dos motivos pra gente ir mais cedo era o trânsito, que todos diziam seria caótico na volta do feriado. Chegamos a Cidade do Panamá e fomos para o hotel que reservamos para a próxima semana. A primeira parte do nosso processo de envio do carro era uma inspeção num tipo Detran panamenho, agendada para o dia 2 e o atendimento era por ordem de chegada, tínhamos que estar bem cedo no local, chegamos umas 7 horas, pegamos uma ficha e aguardamos no carro. Logo chegaram a Jade e o Alex em suas motos e a Rachel e o Richard em sua Toyota 4Runner. Todos Ingleses. Nos apresentamos pessoalmente e começamos o processo longo e burocrático! Esperamos mais uma hora para sermos “inspecionados” onde um fiscal conferiu os dados de cada veículo e disse para retornarmos a um prédio no outro lado da rua as 14 horas. Retornamos e mais um chá de cadeira e muita burocracia até que saímos de lá com o documento de que nossos veículos estavam ok para saírem do país!

Maria Indo pro Container

oh!!!

Dia 3 foi uma missão e tanto! Deveríamos estar no porto da cidade de Colón, que fica a uma hora e meia da Cidade do Panamá, e fomos avisados que não podíamos ir pela estrada pedagiada pois somente quem tem o tal do “Panamá Pass” pode passar por lá, só que todos os GPSs nos mandavam por essa estrada! depois de muito rodar e nos perder (pelas terríveis estradas secundárias junto aos péssimos motoristas panamenhos) conseguimos chegar a tempo ao local combinado para fazer o “loading” da Maria. Na noite anterior nos preparamos e arrumamos o carro, retirando o que precisaríamos para passar uma semana sem nossa “casa”. Tínhamos voo para Cartagena no dia 8, para quem sabe retirar a Maria no dia 9, precisaríamos de roupas e artigos pessoais, que fossem o bastante para todo esse tempo e que pudéssemos levar em nossas mochilas.
A Maria foi a primeira a entrar no container, depois o carro da Rachel e do Richard e por último as duas motos. Container lacrado, fomos para o escritório do despachante, onde levamos todos os documentos e mais diversas cópias que nos foram solicitadas, dali para a aduana e o processo estava terminado. Estávamos sem nossa Maria e com quase todas nossas coisas dentro dela. pegamos um táxi para a rodoviária de Colón e um ônibus para a Cidade do Panamá. Foi muito estranho ficarmos sem a Maria.

Missão Cumprida!!!

Aproveitamos os dias na Cidade do Panamá para turistar. Conhecemos o Casco Viejo que é a parte colonial da cidade que contrasta com seus prédios super modernos, e o famoso Canal do Panamá. Em um primeiro momento não era uma atração que me chamava muito à atenção. Eu estava completamente enganado. Foi demais conhecer a grandiosidade dessa obra e ver de perto cargueiros que pagam muuuuito caro pra cruzar pelo istmo do Panamá e saber da sua história. Definitivamente recomendamos a quem tiver a oportunidade de estar pela Cidade do Panamá a conhecer a eclusa de Miraflores.

Turistando pelo Casco Viejo

o impressionante Canal do Panamá

 

    2 Responses

  1. oi Lu e Caina, só hoje pude ler esta parte da historia de voces. Já sabia um pouco, por telefone e whatsapp. É muita coragem. imagina se aproximarem, no meio do mato, rapazes pra falarem com a Caína e tu dentro do mar. E se fossem pessoas do mal? Fabiano e Emily estão sempre dizendo que eu só vejo o lado negativo, mas acho que tudo dá certo nesta grande aventura porque vocês tem uma proteção divina e são pessoas do bem mesmo. Aí só acontecem coisas positivas e tudo corre bem. Claro que tem os percalços, como furar pneu, estragar uma peça do carro,mas estes problemas voces tiram de letra e o que é a inteligência senão a capacidade de resolver problemas? Parabéns por tudo que estão vivendo. Só sentimos muitas saudades. bjs

    1. Eu estava de olho, sempre fico cuidando ela quando vou surfar!! Mas acho que temos tido bastante sorte sim, e que nos acostumamos a esperar o mal das pessoas… Uma das coisas que temos visto é que ainda existe muita gente boa nesse mundo! Por aqui também sentimos muitas saudades de vocês!! Beijos!!! 🙂

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